Narrador de segunda pessoa

Autor: Laura McKinney
Data De Criação: 9 Abril 2021
Data De Atualização: 1 Julho 2024
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Narrador em primeira e terceira pessoas
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o contador de histórias É o personagem, a voz ou a entidade que relata os eventos pelos quais passam as pessoas em uma história. É o elo entre os acontecimentos que compõem a história e seus leitores.

O narrador é o personagem, voz ou entidade que relata os acontecimentos pelos quais passam os personagens de uma história. Ele pode ser ou não um personagem da história e é por meio de sua história e do ângulo pelo qual olha os fatos que o leitor interpreta e percebe os acontecimentos que a constituem.

Dependendo da voz que você usa e do grau de envolvimento com a história, existem três tipos principais de narradores: narrador em primeira pessoa; narrador de segunda pessoa e narrador de terceira pessoa.

O narrador em segunda pessoa é um dos menos utilizados na literatura e consiste em apelar constantemente ao leitor para que se sinta o protagonista da história. Para isso, o tempo presente é sempre usado. Por exemplo: Você olhou para o relógio e seu rosto desbotou, como o tempo passou tão rápido, você se perguntou, enquanto corria pela avenida, esquivando-se das pessoas e lutando contra a gravata.


  • Veja também: Narrador em primeira, segunda e terceira pessoa

Tipos de narradores de segunda pessoa

Existem dois tipos de narradores de segunda pessoa:

  • Homodiegético. Também conhecido como "interno", ele conta a história da perspectiva de um protagonista ou testemunha da história. Sua história se limita ao que ele conhece, sem conhecer os pensamentos dos demais personagens ou os acontecimentos nos quais não esteve presente.
  • Heterodiegético. Também conhecido como “externo”, trata-se de uma entidade ou deus que narra a história e, como não faz parte dela, conhece tudo o que acontece e conhece os pensamentos dos personagens. Ele é um narrador onisciente, mas usa a segunda pessoa em determinados momentos para aproximar o leitor.

Exemplos de narrador de segunda pessoa

Homodiegético

  1. Assim que você entrou na sala, você exalou seu desprezo por todo o lugar. Como se o resto de nós fosse pequeno, tanto que nem merecíamos respirar o mesmo ar que você. Agora, quando as batatas queimarem, venha e nos trate como se fôssemos um dos seus. Atuar nunca foi seu ponto forte. E mais uma vez, você o coloca em evidência.
  2. Ainda me lembro do dia em que te conheci. Você se vestia de preto, como descobri mais tarde, sempre vestia. Foi difícil para você segurar o seu olhar, mas quando o fez, ficou difícil não se intimidar. Você fumou sem parar, mas com estilo. Aquela voz grave fazia mesmo o menor comentário ter um toque de solenidade.
  3. Não sei por que você me pergunta por que estou aqui, se você sabe melhor do que eu. Ele sabe disso desde que me viu dobrar a esquina, quando seu coração certamente parou quando percebeu que havia descoberto; que eu percebi que fui vítima de um golpe, do golpe dele, e que agora ele estava vindo buscá-los de mim. Seu sorriso falso, que mais parece uma careta mal interpretada, e suas tentativas de continuar fazendo o que estava fazendo, tomando um café que certamente já esfriou e vai revirar o estômago mais do que deveria, só confirma que você é um golpista e nem mesmo um bom golpista, mas péssimo.

Heterodiegético


  1. Dói olhar-se no espelho todas as manhãs e ver como essas rugas avançam e tomam conta do seu rosto. Você tenta colocar um freio nisso, com cremes e misturas que são inúteis. Mas o que mais o magoa não é que eles estejam lá, que ainda estejam lá; em vez disso, por causa deles, sua carreira está enfraquecendo e a linha de chegada está se aproximando. As portas estão se fechando para você. E todas as manhãs você vem para o estúdio pensando que aquele dia pode ser seu último dia na frente de uma câmera de TV. E que amanhã, talvez depois de um dia, um rosto sem as marcas da passagem do tempo tome o seu lugar. E que ninguém vai se lembrar mais de você.
  2. Você fica se perguntando, enquanto olha pela janela, o que aconteceu. Como as ideias pararam de fluir. Você costumava escrever como se as palavras estivessem se aglomerando em seus dedos para colocá-las no papel quase sem pensar. E agora, você não vê nada além de um lençol branco e vazio à sua frente.
  3. Mais uma vez, a classe dominante pede que você mostre solidariedade. Como se ainda não o fizesse, pagando seus impostos, em tempo hábil; trabalhando muito para sobreviver e respeitando a lei. Que lei? Aquele que "é igual para todos". Mas acontece que alguns são mais iguais do que outros, então suas ações são medidas com outro parâmetro, diferente daquele que se aplica a você e ao resto daqueles que são como você; meros trabalhadores em uma fábrica onde você nada mais é do que um número, uma peça substituível. E isso o deixa com raiva, frustrado. Mas o que mais o enfurece é que você sabe que hoje, como todos os dias, continuará a se comportar como mais uma ovelha do rebanho e que nunca se rebelará. Você pega suas chaves e moedas e vai trabalhar, como todos os dias, depois de ver seu rosto apático naquele velho espelho com o qual você se barbeia.

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