Narrador Principal

Autor: Peter Berry
Data De Criação: 18 Julho 2021
Data De Atualização: 11 Poderia 2024
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o narrador protagonista Ocorre quando quem narra a história é o personagem principal da história, e conta a trama na primeira pessoa. Por exemplo: Escutei suas palavras com atenção; Tentei me conter o melhor que pude, mas a maneira como ele estava mentindo para todos nós me impediu de esconder minha indignação.

  • Veja também: Narrador em primeira, segunda e terceira pessoa

Características do narrador principal

  • Ele é o personagem para quem os eventos fundamentais ocorrem.
  • Conta a história com uma linguagem pessoal e subjetiva, por isso costuma se referir a si mesma, além de expressar opiniões e julgamentos de valor.
  • Pode acontecer que em sua história o narrador principal se contradiga e diga o que lhe convém.
  • Ao contrário de outros tipos de contadores de histórias, o protagonista só pode contar o que sabe ao narrar a história, o que testemunhou ou o que outros personagens lhe contaram. Ele não tem conhecimento dos pensamentos, sentimentos e história do resto dos personagens.

Exemplos de narrador protagonista

  1. Era como viver em uma distopia. Naquela época, livros como 1984, Fahrenheit 451 e até Admirável Mundo Novo vinham à mente o tempo todo. Sem mencionar o conto da serva. Sair às ruas para comprar mantimentos me fez sentir como uma criminosa. E as forças de segurança estavam encarregadas de me fazer sentir. Ir a qualquer loja ou mercado era uma odisséia e tanto: longas filas, instalações praticamente saqueadas onde tudo o que era essencial para sobreviver era escasso. De manhã, o silêncio era tal que comecei a ouvir sons que nunca tinha sentido antes. Os pássaros cantaram de novo, ou talvez sempre tenham cantado, mas o barulho do transporte público havia ofuscado todos esses anos. Às vezes, eu me sentia vazio; meu peito apertou e eu queria gritar até explodir. Embora também tenha aprendido a apreciar algumas pequenas coisas: as estrelas, o pôr do sol e até o orvalho que cobria meu jardim pela manhã.
  2. O lugar estava lotado de gente. O corredor, que parecia tão espaçoso durante o dia, parecia minúsculo esta noite. Mas as pessoas não pareciam se importar. Todos eles dançaram e riram. A música fez as paredes tremerem enquanto as luzes mal ajudavam a identificar alguns rostos. Eu senti como se estivesse me afogando. Ele desejou não ter ido; Ansiava por minha casa, meus lençóis limpos, o silêncio e meu abajur. Até que de repente eu o vi, lá no fundo, muito longe, com um copo na mão. E eu vi que ele estava olhando para mim. Ele levantou a mão para me cumprimentar e fez sinal para que eu me aproximasse. A partir desse momento, o barulho, a falta de ar e o calor deixaram de me incomodar e a falta de luz deixou de ser um problema.
  3. Fiquei orgulhoso. Pela primeira vez na vida, tive orgulho de ver como esse paciente, em quem ninguém confiava ao chegar à clínica, que todos consideravam morto, saiu do prédio sozinho. E ele sabia que daquele dia em diante seria capaz de levar uma vida normal, como a que ele tinha antes de vir para este lugar. Lembro-me da emoção de sua esposa, da alegria com que seus filhos o abraçaram e senti que valeu a pena, que realmente valeu a pena dormir pouco e se esforçar tanto. A retribuição foi outra. Foi para ver como as pessoas que passaram por aquelas portas de vidro voltaram à vida e que talvez, nessa nova vida, ocupássemos um pequeno lugar.
  4. Acendi um cigarro e me preparei para esperá-lo. Eu sabia que isso aconteceria; mas eu sabia que ele seria implorado, que demoraria para chegar e que me faria perceber que ele nem se incomodava com o atraso. Ele fingiria que não tinha notado. Pedi um uísque à garçonete e me preparei para esperar. Enquanto bebia aquele líquido amarelado de origem duvidosa, comecei a me lembrar da maneira como ele tratava minha mãe, das vezes em que a ignorava. Também me lembrei daquelas manhãs de sábado, quando eu tinha meus jogos de futebol e ela só estava lá para torcer e comemorar meus gols. Ele nunca apareceu. E nem tentou inventar uma desculpa para argumentar sua ausência: apenas ficou na cama até a tarde, quando se levantou, abriu a geladeira e pegou a primeira coisa que encontrou. Ele se sentava no sofá e assistia TV enquanto mastigava fazendo aquele barulho desagradável que eu ainda posso ouvir. A cena se repetia todos os sábados, em que sempre vestia aquele manto marrom, que toda vez que me lembro disso meu estômago embrulha. Abri minha carteira, coloquei algumas moedas sobre a mesa e saí daquela barra nojenta de cabeça baixa, evitando esbarrar nele no caminho para o carro.
  5. Nunca me senti tão desconfortável como naquele dia, naquela audição, em que o talento parecia não ter importância, a entonação era um facto menor e saber tocar um instrumento nem sequer era uma vantagem. A única coisa que importava nesse elenco eram as medidas, a aparência, as roupas que ela usava. Antes de chegar a minha vez de subir no palco, saí daquele lugar horrível, batendo a porta - o que ninguém ligou - só para me vingar, para me livrar da fúria que me invadiu naquele momento.

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